Não resisti. Não sei se foi por reler Paulo Leminski essa semana, ou se foi pelas últimas postagens minhas sobre Haikai, me flagrei hoje “namorando” uma das páginas que mais gosto de meu próprio livro.
Deu até vontade de propor aqui um jogo, de cada um relatar a própria interpretação desses dois Haikais que dialogam não só com os respectivos títulos, mas também com as ilustrações de Arthur Pádua, que têm o poder de levar o leitor por um caminho que o poeta talvez não tenha pretendido. Alguém arrisca um palpite? Depois eu conto o que eu senti (e pretendi) ao escrever cada verso.
Ah, quem quiser um exemplar do livro, pode clicar AQUI.
Abraços poéticos,
Bruno Félix
Republicou isso em O LADO ESCURO DA LUA.
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missão traiçoeira essa. em relação ao primeiro, imagino que tenha a ver com o fato de o haikai ter nascido no Japão. logo, nada mais “natural” que um samurai escrevê-lo. quanto ao segundo, talvez o “gato” tenha roubado a virgindade da “gata”. ou será que fui longe demais nessa? :-p
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Foi longe não Henri!
Quando escrevi, “o calor da batalha” referia-se na verdade ao trabalho. Eu estava trabalhando em um dia quente, de repente me veio esse haikai. Mas pode ser interpretado como o calor de uma cama, talvez?
Já o segundo foi na mosca. A “jóia” metafórica clássica geralmente é essa mesmo! Eu não queria contar, mas há duas palavras ocultas que remetem ao nome do poema: 1- “O gato no telhado”. “Gato no”. “Gatuno”. 2- “A gata nua” “Agata” “Ágata” = jóia. Agora você já sabe até a cor dos olhos da moça! rsrsrs
Abraço!
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putz, bem sacado o lance do gatuno, nem tinha reparado!
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