Vou-me embora de Pasárgada
Disse um dia a mulher do Rei
Serei a mulher que eu quero
Na vida que escolherei
Vou-me embora de Pasárgada
Vou-me embora de Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Aqui todos querem uma aventura
De tal modo inconsequente
Que nem seu fosse presidente
Ou Rainha falsa e demente
Minha vida seria dura
Dura vida que nunca tive
E nunca farei ginástica
Andarei de bicicleta
Só para espairecer
Acordarei tarde, ou cedo
Tomarei banhos de mar!
E não vou viver preocupada
Com o que é belo ou feio
Se bebo vodca ou água
Ou se o corpo não é esguio
Se há rugas ou maquiagens
Não quero me preocupar
Vou-me embora de Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
Por isso falta emoção
Ergueram aqui um muro
Em torno da perfeição
Tem tecnologia de ponta
Para a gente se drogar
Tem todos prazeres possíveis
Para a gente se perder
E aqui ninguém fica triste
Mas a tristeza não é um defeito!
Pode até ser um belo jeito
Da gente se encontrar…
— Aqui abandono o rei —
Serei a mulher que eu quero
Na vida que escolherei
Vou-me embora de Pasárgada.
pois é, taí algo que eu nunca tinha parado pra pensar. será que quem vive em Pasárgada realmente é tão feliz quanto o Bandeira achava que seria?
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Pasárgada… Será que existe tal qual Bandeira descreve. Seria tão boa. Abs.
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Sensacional!!!
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