Sou o camarão que dorme
E a onda não leva
Sou a vara que o vento não quebra
Sou só, mesmo assim sou feixe
Sou onde não chega a regra
Não caio na rede e sou peixe
Pela boca que ladra e morde
Nem morte, nem Roma: me deixe!
Sou o cego que teima em ver
Gato pardo quando quero ser
Tomo banho em água fria
Louco livre de manias
Sou o espeto de ferro
Sou o ferreiro e o ferido
Sou humano quando erro
E as batatas do vencido
Sou o alfa e o ômega onde piso
O primeiro e o último riso
O fogo que não faz fumaça
Caçador no dia da caça
Sou cabeça e sentença
A ocasião do perdão
O monge sem hábito
E sigo só:
Fazendo verão
Gostei bastante em especial das referências as batatas e ao dia da caça… Pra mim, o que tem maior apelo do todo. See ya!
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Sua visita é a ponte que me traz, amigo.
Gostei do texto.
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